quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O ESCUDEIRO

Finalmente terminei meu livro, se é que posso dizer que é um livro, acho que na verdade é mais um conto, uma história de amor com um pouco de pimenta do tipo de te deixar com os olhos cheios d’água e excitado. Bom, seja o que for, ele se chama: O Escudeiro. Vocês irão entender o porquê decidi chama-lo assim. É uma estória que contra, em suas linhas e entrelinhas, muito daquilo que trago dentro de mim .... Alguma coisa dentro de mim foi acontecendo, foi se verbalizando, foi criando imagens e pronto! Culminou nisso. O Texto é instigante e prazeroso. Ele retrata a vida de dois jovens divididos entre dois mundos. São relatos narrado pelos próprios personagens que descrevem suas experiências e frustrações. A descoberta dos sentimentos, o auto-conhecimento e a difícil arte de lidar com o preconceito, numa realidade de cultura conservadora. Tudo se dá a partir da chegada de Raúl à pacata cidade de Cruz Alta, interior de São Paulo, quando inicia sua jornada para o oficialato de cadete da Aeronáutica. Vivendo com os seus tios: Amaral e Jaci, um simpático casal que perdera seu único filho de 19 anos, Raúl, passa a vivenciar novas descobertas ao lado dos tios e do ex-namorado de seu primo, Douglas, sentindo despertar dentro de si sentimentos nunca antes imaginados. Envolvido e encantado com cada episódio que sua tia lhe narrava sobre a vida dos dois rapazes, ele não imaginava o quanto conhecer esse amigo traria questionamentos à sua vida. Sinal de contradição, essa nova relação mostra para ele o caminho da verdadeira felicidade. Érik, um músico talentoso de beleza indescritível, sociável, extrovertido e profundamente romântico após superar o grande trauma de uma perda irreparável se apaixona por Raúl, que em meio a esse relacionamento conturbado se supera diante do medo e da intolerância. Depois de tantos encontros e desencontros o destino reserva inesperadas surpresas, e diante de uma fatalidade os dois se consagram um para o outro, num gesto de amor incondicional. Diante dessa nova realidade em que o destino lhes impõe, Érik reaprende a viver. Sem entender nada desses desígnios o jovem músico passa a cultivar dentro de si a fé e aprende uma lição de tudo isso: - É preciso viver diariamente com a idéia da perda. Tudo na vida passa. Só não passa aquilo que fica marcado como um sinal indelével dentro de nós. A atitude de abandono foi impressa na resposta do Érik ao longo dessas experiências. Aceitou tudo com fé até o fim. De um sofrimento meramente humano passou a confirmar que estava pronto a aceitar naturalmente os desíginios de sua vida. Amando de todo o coração a única coisa que lhe restara foi essa profunda e forte convicção de que o amor transcende a lógica. Acho que você irá gostar de ler. Evidentemente, se você não tiver preconceito com nada...